Com essa musiquinha aprendi que São Pedro era pescador, mas não imaginava a vantagem que tal fato me traria.
Morando no Chile, um país onde a pesca é parte fundamental da economia e da cultura, pude tirar proveito de um feriado no dia 29 de junho. E para prestar homenagem fui conhecer o Oceano Pacífico, por fim.
Devo dizer que quase chorei de emoção ao escutar as ondas do mar depois de tantos anos e, mais do que isso, saber que eram ondas que se arremessavam de oeste para leste.
Me lembrei do dia em que aos 8 anos conheci o mar. Espírito Santo, praia larga, cheia de coqueiros, camelôs e água de coco. Agora era bastante diferente: já não há coqueiros nem camelôs e já não tenho oito anos. A praia é bem diferente, rodeada por portos, cheia de grandes pedras e com muitas gaivotas sobrevoando o mar...lindo! Azul, azul. Para quadrar com o céu que lo cobria.
Viajamos de Santo Antonio a Isla Negra pela costa e não pude deixar de olhar um só segundo para aquele azul, maravilhoso e infinito.
Me imaginava no mapa, marginando a América do Sul. Me lembrava da Cordilheira nevada. Recordei o Cantico das Criaturas.
Estava a caminho de Isla Negra, rumo à casa de Neruda e não pude deixar de parodiá-lo. Era apropriado...e simples assim:
"Confieso que he vivido"