terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Hogar, dulce hogar

Atendendo a pedidos e para que madrecita e papá fiquem tranquilos =)

domingo, 25 de janeiro de 2009

Embora não ganhe Beeeem, tenho um Puta Trabalho.

No dia 20 de janeiro, dia do farmacêutico ganhei um grande presente: Comecei a trabalhar na Novartis.
Me lembrei de quando no terceiro ano de faculdade preenchia uma pesquisa da Companhia de Talentos sobre “a empresa dos sonhos” e assinalava à Novartis. Penso que em verdade não sabia a grandiosidade dessa empresa, tampouco sabia sua força e imponência. Mas o que eu realmente não sabia era que seria a primeira empresa que trabalharia como graduada.
Uma das três maiores empresas farmacêuticas do mundo, Novartis está em 140 países com 360 filiais. Atua em 4 divisões: Farmacêutica, Vacinas e Diagnósticos, Sandoz e Consumer Health. É conhecida, pelo público em geral, sobretudo por suas marcas “Cataflan” e “Voltaren”.
Em Santiago, a Novartis não tem plantas produtivas, mas nem por deixa de ocupar um espaço importante da cidade. Pelo contrário, Novartis teve uma majestosa ousadia: ser vizinha da Cordilheira dos Andes, vizinha de muro quase. Está no 8º e 9º andar de um edifício lindíssimo, todo de vidro para que seja possível admirar a vista enquanto trabalhas.
Neste prédio e ao seu redor, estão grandes empresas como LAN e Procter. Assim, temos todo um clima de grandes negócios, networking e glamour empresarial.
Tudo muito diferente das já riquíssimas oportunidades que pude ter no Brasil. A empresa trabalha seguindo diretrizes da matriz; de forma muito organizada, planejada, comprometida com resultados. Minha equipe de trabalho conta com mais quatro pessoas. Cumprimos com Asseguramento da Qualidade e Registros.
E por falar em equipe, hoje revivi meus momentos de equipe na AIESEC RP: Participei de uma reunião da área e ao olhar minha chefe me recordava do meu tempo como VPTM. Hoje vejo essa experiência de forma mais intensa, mais crítica e, sobretudo, mais imparcial. Sei relevar meus enganos, reconhecer minhas conquistas, conviver com minhas saudades. E posso dizer que valeu muito a pena e que me acrescentou muito, profissionalmente e pessoalmente.
Catarina, consultora da Eventos RH, me disse certa vez: “Um plano de carreira não deve basear-se em cargos, mas em competências e skills a serem adquiridas”. Creio que é diante disso que, profissionalmente, essa minha experiência aqui faz mais sentido. Tenho um trabalho em um ambiente que me motiva, que me faz desenvolver minha auto-confiança, me faz trabalhar em diferentes idiomas, me faz conhecer pessoas e profissionais interessantes, me desafia.
Posso dizer com orgulho e alegria: “Ainda não ganho bem, mas tenho um Puta Trabalho”.

Resumo (social) da semana (19.01 – 25.01)

Segunda-feira: Bate-papo no CL. Eliabe (@MA) em Santiago!!!
Terça feira: Aprender a fazer sushi com a Rosa, uma japonesinha que fez seu intercâmbio em uma ONG brasileira e agora passeia pela América Latina.
Quarta-feira: Despedida do César (México). Mini -‘carrete’. Preguiça.
Quinta-feira: Balada forte. Aniversário do Nico!!!
Sexta-feira: Churrasco com o pessoal da Procter, trainees e brasileiros.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Frida Kahlo, Diego Rivera e Shakespeare

Sempre gostei de uma música da Adriana Calcanhoto que diz:
“Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome. Cores de Almodóvar, Cores de Frida Kahlo, cores”
Conhecia uma pouco da pintura de Frida, mas só ontem pude compreender de fato o que são as “cores de Frida Kahlo”.
Fomos; eu, Marco (México), Alê (Colombia) e Marina; a uma exposição de Frida Kahlo e Diego Rivera: “Frida y Diego, Vidas Compartídas”. Era no Museu Casa da Moeda.
Ver as pinturas de Frida e os murais de Diego com toda calma do mundo, ouvir Marco falar de seus conterrâneos e imaginar tudo o que aqueles pintores queriam dizer com sua arte foi um exercício mental que há algum tempo já não fazia.
As cores de Frida Kahlo eram muito mais do que simples cores, era um reflexo forte do tempo em que vivia, da realidade política do mundo, de suas angústias enquanto mulher que não podia ter filhos, de seus problemas e amor com Diego. Eram cores de contestação.
Além de toda a exposição, algo que me chamou atenção no museu foi a quantidade de pais ensinando a seus filhos coisas da arte e os estimulando a imaginar o que passava com cada personagem retratado. E os menininhos, não sei se muito obedientes ou muito educados culturalmente, ficavam ali por longo tempo admirando cada quadro.
E se ontem foi dia de museu e de pinturas mexicanas, hoje foi dia de Shakespeare. Fomos ao Teatro Municipal assistir Hamlet. Os melhores lugares do teatro por 9.000 pesos (algo como R$32,00). Um espetáculo com uma companhia lituana fantástica, cuja influência russa acentuava a expressividade corporal e fazia uma leitura da obra de Shakespeare com muitas metáforas usando gelo, fogo e água. Mais uma vez pude exercitar a imaginação para traduzir toda aquela simbologia.
E esse foi o final de semana. Penso que está indo bem: boa casa, passeios culturais, festita, ‘carrete’, pessoas interessantes, uma aula intensa sobre a América Latina...
E o show tem que continuar:
Hoje todos chegam do CocoSur e amanhã vou ser apresentada à Novartis.
Santiago, 18.01.09

domingo, 18 de janeiro de 2009

Festa na Embaixada

Ontem fomos eu, Nati (Espanha), Marina e Marco (México) à uma festa de Ano Novo na Embaixada do Brasil do Chile. Incrível.
Veja só, estava a dois dias no Chile e já voltei ao Brasil! A Embaixada é território do país, me senti em casa. Até me sentei em uma cadeira de um tal escritório lá que estava aberto. É uma construção muito linda, luxuosíssima e com um jardim maravilhoso, onde foi a festa.
Foi uma festa organizada por Carlota, a filha do embaixador brasileiro, muito simpática e tipicamente brasileira. Estavam mais ou menos 50 pessoas, todos convidados ou convidados de convidados da Carlota. Um pessoal muito jóia, todos muito interessantes, com boa conversa e divertidos. Muitos brasileiros que já vivem há algum tempo no Chile, mas também muitos mexicanos, venezuelanos e também chilenos. Tinha várias pessoas, brasileiras ou não, que trabalham na Procter & Gamble do Chile (que é bem perto da Novartis); pessoal muito jóia.
Pude dançar samba me sentindo a globeleza e funk me sentindo a carioca, aprender salsa com um legítimo dançarino mexicano, dançar sei lá o que da música venezuelana e aprender o “Reagatone” chileno.
Pois em território brasileiro participei de uma festa bastante diferente das que costuma se ver hoje no Brasil. Todos conversavam e dançavam tranquilamente, interessados em simplesmente conhecer as pessoas, conversar coisas interessantes, mostrar a cultura da dança do seu país, matar um pouquinho da saudade. Além disso, a festa era assim: Cada um levava o que ia beber, colocava em umas caixas de gelo que estavam por lá e, então, iam pegando cada um sua bebida e comendo umas batatinhas fritas que estavam por lá. E não havia nenhum problema com isso.
Mas era território brasileiro!!!
Santiago, 17.01.09

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O Primeiro Pisco a gente nunca esquece

Ontem foi minha “bienvenida” no escritório da AIESEC. Este está na Universidade do Chile que não é muito longe da minha casa; 10 minutos caminhando. Foi também a ‘’bienvenida’’ da Marina que chegou ontem.
Recebemos um kit com diversas informações de Santiago, mapa do metrô, etc. Estou equipada, agora. Também nos presentearam com uns chocolates que parecem muito bons e são muito bonitinhos.
Estavam quase todos os trainees e alguns membros (Andres – Mexico, Cassandra – EUA, Cristina – Mexico, Silvana – Equador, Berenice - , Christine – Suíça, Ale – Colombia, Andrea, Lady, Joaco, Kurt, Carlita, Marco, Alexandra, Andres, Felipe). Todos muito simpáticos e interessados em conhecer-me, conhecer o Brasil e aprender a sambar.
Do escritório fomos a um barzinho, sair a “carretear”. Um lugar muito bonitinho, com velas decorando o ambiente e uma música interessante ao fundo. Lá pude tomar meu primeiro pisco =) Na verdade um Pisco Sour que remete um pouco à nossa caipirinha, mas que é tipicamente chilena e não leva os limões inteiros. Muy rico!
A propósito, notei que com Pisco Sour meu espanhol é muito melhor!!! Pude conversar por muito tempo sobre a política chilena, as influências da ditadura de Pinochet, a opinião pública sobre Michelle Bachelet e tudo mais. Muito interessante mesmo.
Hoje muitas pessoas estão indo ao CocoSur, mas nós que ficamos vamos à Festa de Ano Novo na Embaixada Brasileira.
Hoje é dia de samba!
Segunda começo em Novartis! =)

TOP 5 - Viagem até Santiago

AS 5 MELHORES
- Papai tomando café de R$3,00 no aeroporto.
- “Kit Felicidade” que o Lucas me deu.
- Grazzi saindo de Americana para me encontrar no aeroporto por 5 minutos.
- Cordilheira dos Andes
- O tiozinho que ensinou o caminho do aeroporto

AS 5 PIORES
- Quase perder o vôo.
- Assento sem janela no segundo vôo.
- Banheiro do aeroporto de Montevideo.
- Pressão no ouvido ao desembarcar.
- O tiozinho que ensinou o caminho do aeroporto - (bicampeão)

Prefácio: Dos absurdos da vida

Hola Chicos!
Estou em Santiago do Chile.
Mais um absurdo dentre os tantos absurdos que pude ver nesses últimos dias.
Voar é um absurdo, aquelas nuvens são um absurdo. A Cordilheira dos Andes, então, é o maior absurdo que já vi!!!
Absurdo! Essa era a palavra que com mais freqüência vinha a minha cabeça quando estava no avião. Via aquela máquina voando, as nuvens abaixo de mim, a costa brasileira, o mar que se misturava ao céu sem que eu pudesse separá-los. Tudo um grande ABSURDO.
Me lembrei da minha mala de 27kg somada a meus 57kg pessoais e meus 8kg de bagagem de mão e tudo ficou ainda mais absurdo! Como aquele avião podia voar? Como podem todas as leis da física permitirem tamanho absurdo? É incrível.
Não foi meu primeiro vôo, mas foi o que melhor pude ver tudo o que acontecia ao meu redor por ser um avião pequeno e por ser dia. Tive um pouco de medo. Penso que toda ansiedade do aeroporto, as despedidas, a companhia aérea pouco conhecida (Pluna) fazem com que tudo fique mais tenso. Isso sem dizer o fato de quase ter perdido o vôo.
Sim, lição número 1: Se o embarque é as 15h10 e o vôo as 16h00 não deixe para embarcar as 15h50. É tudo bem diferente da rodoviária de RP e do “São Lento”. Por pouco não pude embarcar. O que seria um grande absurdo, já que estava no aeroporto desde as 11h00.
E diante de tantos absurdos estou aqui. Neste absurdo maior que é desafiar-me a mim mesma. Tentar mais.
No avião, lendo a carta que a Grazzi me levou no aeroporto (depois de ela ter feito o absurdo de sair de Americana e ir para o aeroporto ficar 5 minutos comigo), fiz reflexões absurdamente evidentes, mas que ainda não tinham passado por minha cabeça. Lembrar do meu 2008, de como foi maravilhoso, de todas suas dificuldades, de toda minha história na @RP, de toda minha graduação, me fizeram me orgulhar da minha coragem. E me orgulhar de hoje estar aqui em busca de experiência, histórias, lembranças, aprendizado. Não venho atrás de nenhum sonho. Não necessariamente estou cumprindo um antigo plano profissional, nem nada assim. Estou apenas aproveitando uma oportunidade e fazendo aquilo que penso que nos cabe fazer e que gosto muito: VIVER.
Sei que ainda verei muitos absurdos. Absurdos bons, absurdos ruins. Terei idéias absurdas, vontades absurdas, dúvidas absurdas e, sobretudo, saudades absurdas.
Fica aberto, então, este blog para registro de todas essas coisas absurdas =)
Santiago, 14.01.09