quarta-feira, 25 de março de 2009

De uma ex-enfermita

Quando se está fora do próprio país, ou em intercâmbio, ou disposto a viver uma experiência forte e inesquecível, quase tudo é motivo para reflexão e aprendizado e de quase todo o ruim é possível tirar algo de muito bom.
Os últimos dias passei enfermita. Me dispensaram do trabalho três dias e fiquei em casa descansando, tendo febre, dormindo, lembrando e pensando.
E essa foi mais uma das fortes experiencias que se vive em um intercambio. Lembrei de muitas coisas com saudade, mas com igual tranquilidade.
Lembrava da comidinha da mamãe, do hospital Santa Rita, da Nimesulida do papai, da doçura que se transformavam os irmãos.
De RP me lembrava dos amigos de verdade, das companhias, do meu apartamento gigante, da farmácia São Carlos, do poder faltar das aulas sem pesar a consciência.
Ao mesmo tempo, quando parecia haver concluído que estava cedo demais para parecer importante à vida de alguém daqui, começaram manifestar-se os primeiros indicativos a amizades ou pessoas que se preocupam e com quem parece que posso contar aqui nesse país semi desconhecido:
Marina me ligou todos os dias, me trouxe jantar e terminou seus créditos de celular tentando me convencer a não ir trabalhar. Lady me ofereceu xarope, me preparou frutas com suco de laranja. Humberto ligava pra saber como estava, fazia companhia, oferecia se a tudo. Alejandra ligou, Joaco ligou e Edita também ligou para saber como eu estava.
E assim fui passando esses três dias, deitada em minha almofadinha de Diva, com meu cobertor de elefante, tomando litros de água e um antibiótico de 15000 pesos que o doutor de 20000 pesos me receitou.

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